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FGTS - Como faço para sacar meu benefício para comprar um imóvel?



Se você está pensando em comprar imóvel, provavelmente já leu em algum lugar que pode usar o FGTS como parte do pagamento. No entanto, é preciso estar atento a algumas regras e entender a fundo como o dinheiro pode ser resgatado para que, no momento da compra, você não passe por nenhuma surpresa desagradável.

Como toda ajuda é bem-vinda, preparamos um post completo que vai te orientar nessa tarefa de entender como usar o FGTS na compra de um imóvel. Confira!

O que é FGTS?

Antes de mais nada, é importante entender melhor o que é o tão famoso FGTS. A sigla, que significa Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, foi um mecanismo criado pelo governo para funcionar como uma reserva financeira para o trabalhador.

Quem trabalha com registro em carteira recebe um depósito mensal que corresponde a 8% do salário em uma conta criada automaticamente na Caixa Econômica Federal. A transição é sempre realizada pela empresa em que você trabalha diretamente nessa conta.

Quem pode usar o FGTS para comprar imóvel?

Apesar de todos os trabalhadores terem direito ao fundo, existem algumas normas que precisam ser respeitadas para que ele possa ser utilizado na compra de um imóvel:

 É preciso ter um mínimo de 3 anos de carteira assinada, não sendo necessário que o período seja contínuo. Ou seja, você pode ter trabalhado por um ano em 2003 e mais dois anos em 2015;
 Você não pode ter nenhum financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
 Também não pode ser proprietário de nenhum imóvel residencial no município em que pretende comprar o novo. Dessa forma, se você já tem um imóvel em São Paulo, poderá comprar outro no Rio de Janeiro;
 É obrigatório trabalhar ou morar no município em que você pretende comprar o imóvel utilizando o FGTS.

Quais imóveis podem ser comprados com o FGTS?

Não são todos os imóveis que podem ser comprados com a ajuda do FGTS. Primeiro, é preciso verificar se a propriedade em que você possui interesse está cadastrada no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) dentro de um limite de valor que é definido de tempos em tempos.

Além disso, o imóvel precisa ser urbano residencial e destinado à moradia do trabalhador. Ou seja, se você pensa em comprar para investir, não poderá usar o FGTS.

Como é feito o saque do fundo?

Quando você utiliza o FGTS como parte do pagamento de um imóvel, você não lida diretamente com o dinheiro. É preciso solicitar o saque a um agente financeiro por meio de um documento e, assim que tudo estiver aprovado, o depósito é feito diretamente na conta do vendedor.

Esses agentes financeiros podem ser desde bancos até consórcios ou companhias de crédito imobiliário. É preciso estar atento para ver se o agente financeiro escolhido realmente trabalha com o FGTS, pois não são todos que atendem essa modalidade, principalmente quando falamos de bancos.

O imóvel também precisa estar sendo comprado em seu nome para que você consiga usar o FGTS, no entanto, você pode usar o saldo de outra pessoa desde que a compra esteja sendo realizada no nome dos dois.

Além disso, a cada dois anos você pode solicitar novamente o saldo do FGTS para abater parte do financiamento.

Vale ressaltar que nenhuma dívida do trabalhador o impede de usar o FGTS, ainda assim, é preciso ter em mente que estar endividado pode atrapalhar no processo de conseguir um financiamento ou consórcio.

Documentação necessária

Ao solicitar o FGTS para comprar imóvel, você precisa comprovar que atende a todos os requisitos que listamos acima. Para tanto, é necessário ter em mãos a carteira de trabalho, um comprovante de residência, certidão de nascimento e de casamento (se for o caso), além da carteira de identidade e CPF.

Você também precisa comprovar que o imóvel que será comprado está em situação regular, por isso, separe a certidão de matrícula e a cópia do IPTU da casa ou apartamento para também levar junto com você.

FGTS e Consórcio de Imóveis

O FGTS também pode ser uma ótima alternativa para quando você faz um consórcio de imóveis, seja para liquidar saldos ou pagar parte das prestações do consórcio. Conheça um pouco mais sobre essa opção a seguir:

O que é um consórcio de imóveis?

O consórcio é uma excelente opção para quem deseja comprar o imóvel, mas não tem o montante disponível no momento ou a disciplina de juntar o dinheiro.

Ao contrário do financiamento, essa modalidade não trabalha com o pagamento de juros, mas sim da taxa de administração.

Ao optar por um consórcio, você começa a participar de um grupo com outros interessados para adquirir uma carta de crédito no valor do bem. Essa carta de crédito pode ser utilizada na aquisição de qualquer tipo de imóvel, bem como para reformas ou construções em terrenos.

Todo mês são realizados sorteios entre os integrantes desse grupo e qualquer um pode ser contemplado com a carta de crédito e, assim, fazer a compra do imóvel.

Ainda é possível antecipar o recebimento da carta com lances para ser contemplado e não precisar contar apenas com a sorte.

Como usar o FGTS em um consórcio

O FGTS também pode ser utilizado em um consórcio para dar os lances nas cartas de crédito ou, até mesmo, para complementá-la ao comprar o imóvel. Vamos a um exemplo prático:

Suponhamos que você tenha conseguido uma carta de crédito no valor de R$ 200 mil via consórcio, mas o imóvel custa R$ 250 mil. Ao verificar o saldo do FGTS, você constata que possui o valor de R$ 50 mil em conta. Esse montante pode ser utilizado para complementar a carta de crédito e, dessa forma, o seu imóvel será adquirido sem dificuldades!

Outra possibilidade é usar o FGTS para abater até 80% do valor das parcelas das prestações do consórcio ou, até mesmo, liquidar o saldo que ainda falta parcialmente ou em sua totalidade.

É importante ressaltar mais uma vez que você precisa estar em conformidade com as normas de utilização do FGTS para que o recurso seja sacado. Além disso, o consórcio precisa estar em seu nome.

Utilizar o FGTS aliado ao consórcio de imóvel pode ser uma excelente opção para quem está buscando por alternativas para esse tipo de compra. As vantagens são bastante atrativas e você ainda consegue contar com a ajuda extra do valor disponível em seu fundo.

Fonte: Jornal Contábil

 
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