Menu

ECONOMIA - Maior otimismo traz avanço de 48,7% nos empréstimos para capital de giro



As concessões para capital de giro subiram 48,7% em maio contra igual mês de 2018, para R$ 18,670 bilhões. Com grande parte do sistema financeiro mirando o crédito corporativo e o maior otimismo com a economia, a expectativa é de alta nas linhas de curto prazo.

Os dados são do Banco Central (BC) e apontam que as concessões de maio alcançaram o maior patamar desde dezembro de 2016, quando atingiram os R$ 19,773 bilhões. Os juros da modalidade, por sua vez, ficaram em 17% ao ano, queda de 0,7 ponto percentual na mesma base de comparação.

De acordo com o professor da Saint Paul Escola de Negócios Maurício Godoi, além das expectativas melhores para a economia, o mercado também começa a alcançar uma liquidez maior.

“Tanto que até mesmo o financiamento de carros e outras linhas de crédito corporativo também estão aumentando. Além disso, todo o sistema financeiro parece querer uma parte dos empréstimos para pessoas jurídicas”, avalia o professor.

Entre as instituições que lançaram contas voltadas aos empresários estão o Nubank e o Banco Original. Além disso, o Banco do Brasil (BB) também passou a oferecer cartão sem anuidade e surgiu o LiftBank, primeiro banco digital voltado exclusivamente para os empreendedores.

Para o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Agostinho Pascalicchio, porém, o volume é preocupante. “Pode sinalizar que as empresas tentaram antecipar a aprovação da reforma da Previdência muito antes. É preciso olhar esses números com cautela”, comenta o especialista do Mackenzie.

Segundo Godoi, no entanto, os próximos meses devem ser um pouco mais positivos, iniciando principalmente pelas linhas de curto prazo.

“Percebemos, inclusive, que os empresários já começaram até mesmo a trocar dívidas e buscar empréstimos de curto prazo, como antecipação de fatura e de duplicatas. Isso deve se intensificar”, disse.

Ele também reitera até mesmo a possibilidade de melhora do desemprego. “O último trimestre deste ano pode ter uma sensibilidade maior para essa recuperação”, conclui.

Fonte: DCI

 
ver todas as notícias