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CARREIRA - Empreendedorismo feminino: mulheres que viraram o jogo



O empreendedorismo feminino cresce cada vez mais, pois as mulheres estão cada vez mais cientes de sua capacidade para gerir empresas. Nesse cenário, muitas empreendedoras brasileiras estão dando “um verdadeiro show” quando o assunto é criar um negócio de sucesso.

Uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor(GEM) — que faz uma avaliação anual do nível nacional da atividade empreendedora, mostrou dados importante sobre o empreendedorismo no Brasil.

Segundo a pesquisa, o Brasil ocupa 7ª posição no quesito número de mulheres que estavam a frente de empreendimentos iniciais — aqueles com menos de 42 meses de existência. Os dados são de 2018 e participaram do levantamento 49 países.

Neste post, vamos falar um pouco sobre o empreendedorismo feminino no Brasil e citar algumas mulheres que venceram desafios e hoje estão à frente de negócios de bastante sucesso no país. Vamos lá?

Empreendedorismo feminino é uma realidade no Brasil

O cenário brasileiro mostra alguns dados interessantes sobre as mulheres empreendedoras, como média de idade da maior parte das donas de seu próprio negócio, nível de escolaridade e muitas outras informações. Veja alguns dados importantes levantados pelo GEM de 2018.

  • 44% dos negócios que têm mulheres à frente começaram por necessidade, contra 32% dos homens;
  • Elas respondem por 34% dos negócios no país;
  • Mulheres empreendedoras têm maior escolaridade que os homens donos de empresas — cerca de 16%;
  • Mais de 2/3 delas trabalha sem CNPJ;
  • 81% delas não têm sociedade com outras pessoas;
  • Elas trabalham 18% menos nos seus negócios do que os homens empreendedores;
  • As mulheres também ganham 22% menos do que eles;
  • 25% delas atuam em regime home office;
  • Empresas conduzidas por mulheres são de porte menor;
  • 94% dos negócios ocupados por mulheres têm até 5 pessoas trabalhando, inclusive a dona;
  • Mulheres empreendedoras tomam menos empréstimos e quando fazem, contratam um valor menor do que homens;
  • O nível de inadimplência entre elas é menor, mas as taxas de juros são maiores.
  • Quase metade dos MEIs são mulheres — 48% — que estavam envolvidas predominantemente em negócios de beleza e alimentação.

Empreendedorismo feminino: mulheres brasileiras que chegaram ao topo

Apesar do crescente número de mulheres que conquistaram espaço no mundo do empreendedorismo, elas ainda precisam enfrentar muitos desafios para chegar ao topo.

Mas isso não é motivo para desistir de seu sonho de ser dona de seu próprio negócio. A seguir, vamos citar mulheres brasileiras que venceram barreiras e hoje, são donas de grandes marcas.

Luiza Helena Trajano

Ela é uma das poucas CEOs da América Latina e sua trajetória começou cedo. Aos 12 anos já ficava no balcão de um pequeno estabelecimento familiar, durante as férias, mas começou mesmo sua trajetória no varejo, aos 18 anos.

Desde que começou no Magazine Luiza, a gestora passou por todos os cargos, até chegar ao topo, onde está até hoje. Sob o comando de Luiza Helena Trajano, o Magazine deixou de ser uma lojinha do interior para se tornar uma rede de lojas com unidades espalhadas por 16 estados.

Apesar de ser a CEO da empresa, Maria Luiza se mantém próxima ao consumidor e resolve problemas que outros gestores podem considerar pequenos, como efetuar a troca de um produto.

Ela adotou um modelo de gestão humanizado, pautado na valorização dos funcionários. pois acredita que, quando os objetivos dos colabores estão alinhados com os da empresa, eles se sentem valorizados e com autonomia para contribuir com o crescimento do negócio. Dessa forma, todos ganham — empresa, funcionários e clientes.

Carla Sarni

Ela está à frente da maior rede de clínicas odontológicas da América Latina — a Sorridents. Seu sonho começou ainda na juventude, quando saiu do interior de São Paulo para estudar odontologia em Minas Gerais.

Sua mãe era cabeleireira e o pai motorista de ônibus. Quando foi estudar, não pode contar com o apoio financeiro dos dois. Então, a partir daí começou a empreender. Já na faculdade, vendia roupas e doces para manter seus custos estudantis.

Quando saiu da faculdade, começou a atender em consultórios de terceiros, onde teve a oportunidade de construir um bom relacionamento com seus pacientes. Depois de um tempo, quando já tinha uma carteira de pacientes, resolveu comprar uma das clínicas na qual atuava.

O modelo de atendimento e gestão deu tão certo que, pouco tempo depois, ela abriu uma nova unidade. Desde então, a rede já conta com mais de 180 unidades espalhadas pelo país.

Zica Assis

Nascida em uma família humilde de 12 irmãos, Zica Assis começou a trabalhar com apenas 9 anos de idade. Ela foi babá, faxineira e empregada doméstica, mas tinha um sonho peculiar: desenvolver um produto para tratar seu cabelo, que era crespo e volumoso.

Para desenvolver seu produto, Zica fez um curso de cabeleireira e depois de algum tempo, começou a fazer testes em casa. Depois de 10 anos de experimentos, ela conseguiu desenvolver seus próprios produtos — assim nasceu o Instituto Beleza Natural.

Para abrir o negócio, a empreendedora convenceu o marido a vender o carro e abriu seu primeiro salão para cabelos crespos, cacheados e ondulados.

Atualmente, o Instituto Beleza Natural tem unidades abertas em todo o país e nos Estados Unidos. Zica Assis foi eleita pela Forbes em 2013 como uma das 10 mulheres mais poderosas do Brasil.

Empreendedorismo feminino: não perca tempo e invista em seu sonho

Esses exemplos de mulheres empreendedoras são para você se inspirar e não perder mais tempo pensando se vale a pena ou não correr atrás de seu sonho.

O empreendedorismo feminino vem ganhando cada vez mais força e com trabalho, dedicação e parcerias certas, o sucesso chega! O que falta apenas em nosso País é um incentivo maior do governo e das instituições financeiras para oferecerem juros mais baixos, não somente para as mulheres empresárias, mas para todos que sonham em abrir seu próprio negócio.

Fonte: Jornal Contabil

 
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