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ECONOMIA - Taxa Selic: possíveis próximas altas dividem especialistas do mercado financeiro



Nesta quarta-feira (2) deverá ser divulgado o novo valor da Taxa Selic, taxa básica de juros do país, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). 

O aumento esperado para esta reunião, a primeira do ano, é de 1,5 ponto percentual, elevando a taxa de 9,25% para 10,75% ao ano, atingindo pela primeira vez em cinco anos os dois dígitos.

Embora nesta primeira ocasião este aumento seja esperado, as próximas reuniões do primeiro semestre de 2022 geram incertezas no mercado financeiro.

Segundo levantamento da corretora BGC Liquidez obtido com exclusividade pelo CNN Brasil Business, realizado com 234 gestores de fundos, investidores de bancos, economistas e estrategistas, quando perguntados sobre o que o Copom “deveria” fazer, a parcela de respostas para a alta de 1,5 ponto percentual é menor, de 80%, com um número maior de entrevistados em relação ao levantamento anterior, cerca de 10%, afirmando que a alta deveria ser de 1 p.p.

A pesquisa aponta uma divisão entre os entrevistados sobre a sinalização do Copom em seu comunicado para as próximas reuniões.

Para 40%, o texto deve sinalizar uma futura desaceleração explicitamente, enquanto 30% esperam a manutenção de trechos sem alteração, com uma “tentativa de ser neutro”.

Já 25% dos entrevistados esperam um abandono de qualquer sinalização sobre o ritmo de alta, enquanto 5% esperam que ele suba a barra para uma desaceleração. Entre os economistas, 40% esperam o abandono de sinalização, enquanto 44% dos investidores esperam uma sinalização explícita de desaceleração futura.

Com isso, 64% dos entrevistados afirmam que o Copom não deve sinalizar nada sobre o fim do ciclo, ou seja, em qual patamar a Selic vai parar de subir, enquanto que para 36% deverá haver uma sinalização de que o fim do ciclo de alta está próximo.

Primeiro semestre de 2022

Para as reuniões futuras do Copom no primeiro semestre de 2022, o mercado ainda apresenta sinais de divisão.

Na reunião de março, 57% esperam uma alta de 1 ponto percentual, enquanto 28% esperam alta de 1,5 p.p.. A divisão é maior na de maio, com 41% esperando alta de 0,5 p.p., 29% uma manutenção da taxa, 12% uma alta de 1 p.p. e 9% de 0,75 p.p.

Em junho, 76% esperam que a Selic não seja alterada, com 11% projetando alta de 0,5 p.p. e 8%, de 0,25 p.p.. A maioria dos entrevistados espera que a taxa não seja alterada nas reuniões de agosto (94%), setembro (95%), outubro (89%) e dezembro (71%).

Entre a reunião do Copom de dezembro de 2021 e a atual, o mercado passou a projetar uma Selic maior no final de 2022. A mediana passou de 11,75% para 12,25%, conforme os entrevistados reduziram as projeções para uma taxa menor que esse patamar.

 

Entretanto, a previsão ainda não é consensual, com 25% indicando 12,25%, 21%, 11,75% e 11%, 12,50%.

Fonte: Contábeis

 
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