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EMPRESA - Cybertopia, altermundo e pluridiverso: conheça 3 macrotendências que vão dominar os negócios



Quais cenários irão dominar o mundo dos negócios nos próximos anos? O primeiro fator a considerar é que a crise climática deixará de ser apenas tema de painéis ESG e passará a pautar boa parte das decisões estratégicas das empresas, uma vez que seus efeitos se tornarão impossíveis de ignorar.

Essa conclusão está no Report Macrotendências 2022-2023, estudo realizado pelo Lab de Tendências da Casa Firjan, que tem como objetivo ajudar os líderes a fazer o planejamento estratégico de seus negócios. O relatório faz parte de uma série intitulada Estudos de Futuros, trazendo as macrotendências que precisam ser estudadas desde já.

Uma passagem cada vez mais fluida do físico para o digital, tecnologia descentralizada, ferramentas para um mundo habitável e novos métodos para gerenciar o trabalho híbrido são alguns dos temas que precisarão ser tratados pelos CEOs em um futuro próximo.

 

A pesquisa mapeia três macrotendências que vão dominar os negócios nos próximos anos, e merecem a atenção dos líderes: cybertopia (tecnologia em um mundo descentralizado), altermundo (uma tentativa de tornar o mundo habitável) e pluridiverso (a gestão dos novos modelos de trabalho, como, por exemplo, o híbrido).

"Um ponto em comum entre as três macrotendências é a forma como o digital e o físico se encontram com menos ruído, com menos fricção. A tecnologia está produzindo outras formas de relação social e econômica, menos centralizadas e mais flexíveis, dentro de um contexto hipertecnológico", diz Isabela Petrosillo, pesquisadora do Lab de Tendências da Casa Firjan.

Saiba mais sobre cada uma das macrotendências levantadas pelo relatório.

Cybertopia

Essa tendência abrange as novas ferramentas tecnológicas em um mundo descentralizado. Exemplo disso é a tecnologia blockchain, que terou as criptomoedas, os NFTs, as finanças descentralizadas e a Web3. Dentro do tema cabem ainda uma busca por maior produtividade no ambiente indústrial, por meio de sistemas de IA e análise de datos.

Cabe também nesse guarda-chuva as interações mais fluidas entre o digital e o físico, e o que acontece quando passamos a ter menor ruptura entre um e outro. Isso leva, por exemplo, a outros tipos de demanda, como maior segurança para os dados pessoais e corporativos. 

Altermundo

"Aqui o objetivo da tecnologia é garantir que esse mundo permancerá habitável", diz Isabela. O clima não será mais um tema, e sim uma diretriz para as empresas. "Estamos vendo desdobramentos das questões climáticas de forma cada vez mais urgente, e não vai dar para fugir disso", diz a pesquisadora.

É uma macrotendência que vai cobrar das empresas transparência, rastreabilidade dos processos, origem dos produtos, estruturação de uma logística que tenha o menor impacto ambiental possível e uso de métricas para mensurar com exatidão as ações que estão sendo implementadas. É também uma tendência que fala sobre mercado de carbono e letramento verde.

"O letramento verde se refere às ações mais específicas que as empresas deverão tomar, como por exemplo marcar um voo um determinado horário porque este tem menor impacto ambiental que outro", diz a pesquisadora.

Pluridiverso

Aqui o tema são as relações do indivíduo com diferentes universos: os novos relacionamentos nos espaços digitais, os diferentes vínculos de trabalho e a relação de cada cidadão com a sociedade, de uma maneira mais assertiva e com demandas urgentes para seus representantes.

Dentro dessa tendência, entram as discussões mais aprofundadas sobre como vai funcionar o trabalho híbrido, por exemplo. "Quais novas regras a gente precisa desenvolver para esse contexto digital? Novas etiquetas de trabalho? Como eu evito ruídos na comunicação, quais são os melhores canais?", diz Isabela.

O ideal é que as empresas procurem novas dinâmicas de trabalho que criem espaços de diálogo, mantendo os parâmetros de produtividade dos negócios, mas também cuidando do bem-estar dos colaboradores, outro tema que vêm crescendo.  

"Empresas como LinkedIn e Facebook já estão contratando pessoas específicas apenas para a gestão do trabalho híbrido, numa tentativa de equilibrar as relações entre os profissionais que trabalham de casa e aqueles que vão para o escritório", diz a pesquisadora.

Fonte: Época Negócios

 
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